O que é Autismo infantil? É uma severa desordem de desenvolvimento, que se manifesta na infância e é caracterizada por anormalidades no comportamento, socialização e aprendizado. A prevalência é de 38,9 por 10.000 nascidos vivos. Ocorre três a quatro vezes mais no gênero masculino, e não há cura.
Quais são os tipos de Autismo infantil?
Pode variar desde retardo mental severo (autismo de baixo funcionamento), até quociente de inteligência (QI) normal ou supernormal (autismo de alto funcionamento). Geralmente nos referimos às pessoas com autismo e inteligência normal como indivíduos com Síndrome de Asperger. Esta variabilidade se aplica não somente aos sinais e sintomas presentes, mas à intensidade com que eles podem se apresentar.
Quais os principais sintomas do indivíduo com Autismo infantil?
Como a doença é diagnosticada?
Por não existir um marcador biológico, os critérios diagnósticos mais utilizados são: CID-10 (Organização Mundial da Saúde) e DMS-IV (Associação Americana de Psiquiatria).
Por que o diagnóstico precoce é importante?
O diagnóstico precoce é muito importante para iniciar a estimulação global do indivíduo. Na maioria dos casos medicamentos são prescritos a fim de minimizar os sintomas da doença. As asssociações para indivíduos com Autismo são também indicadas, não só para o indivíduo com Autismo, mas também para o apoio psicológico do núcleo familiar.
O Autismo infantil apresenta achados bucais específicos?
Não. Porém como todo o indivíduo com necessidades especiais, a atenção para os procedimentos preventivos deverá ser redobrada, a fim de evitar intervenções odontológicas futuras. É importante também ressaltar que a comunicação deficiente acrescida à dificuldade de cuidados com a higiene bucal, poderão favorecer más condições bucais e/ou acentuar o comportamento de auto-injúria destes indivíduos.
Como são realizados os procedimentos odontológicos em indivíduos com autismo?
Através de diversas técnicas de condicionamento, como falar-mostrarfazer, comunicação por troca de figuras (PECS), contenção física, sedação e anestesia geral. Devido a estes indivíduos não aceitarem contato físico, o condicionamento e a criação do vínculo
com o cirurgião-dentista é dificultado; daí a importância do condicionamento odontológico precoce para que se torne parte da rotina do paciente. Quais os problemas odontológicos mais freqüentes encontrados nos pacientes com Autismo?
A falta de entendimento sobre a importância de higiene bucal, associada à dificuldade para higienização, acarreta problemas gengivais. A dieta seletiva (rica em açúcar e com consistência pegajosa) e a auto-injúria são também freqüentes nestes pacientes.
Quais os cuidados que deverão se r tomados pelo Cirurgião-Dentista para o atendimento de pacientes com Autismo?
Estes indivíduos possuem extrema sensibilidade a estímulos externos, como iluminação e cores fortes, sons e odores. O tratamento odontológico deve ser curto e organizado. A comunicação com o paciente deve ser feita através de comandos claros e objetivos, com sinceros reforços positivos ou negativos. O alindamento deve ser realizado de preferência no mesmo dia e horário da semana e com o mesmo profissional. O cirurgião-dentista deve estar voltado para o controle mecânico da placa bacteriana e o condicionamento do paciente. Motivação e orientações freqüentes aos cuidadores em relação à higiene bucal, dieta alimentar e comportamento de auto-injúria. • Ivy Haralambos Bassoukou
Mestre em Odontologia: Odontopediatria – Unicsul.
• Maria Teresa Botti Rodrigues dos Santos
Doutora em Ciências, Professora Titular da Disciplina de Odontologia para Pacientes com
Necessidades Especiais e Professora do Mestrado Acadêmico em Odontologia – Unicsul.

O que é dor orofacial?
Dor orofacial pode ser definida como uma dor que acomete a região orofacial, ou seja, a boca, a face, a cabeça e o pescoço. São dores que podem ocorrer devido a problemas musculares, da articulação temporomandibular (ATM), dos dentes, dos vasos sanguíneos e/ou dos nervos. Dentre as condições dolorosas mais comuns da região orofacial, destacam-se as dores de origem músculo-esquelética, mais conhecidas pelo termo disfunções temporomandibulares (DTMs).
O que é DTM?
DTM é um termo que inclui um número de problemas clínicos que envolvem a musculatura mastigatória, a ATM e estruturas associadas, ou ambas. Pode gerar dores de cabeça, cansaço muscular, dor nas ATMs, dores próximas à região do ouvido, dores na região do pescoço, mordida instável e/ou dificuldade de mastigação.
Quais são os sintomas mais comuns?
Dor na região do ouvido sem infecção, dor ou desconforto na região da ATM mais comumente ao acordar ou no final da tarde, dor na ATM durante a fala ou a mastigação, dificuldade para abrir ou fechar a boca, cansaço nos músculos da face e/ou da mastigação, sensibilidade dentária quando não há nenhum problema aparente.
O que pode causar DTM?
Cada indivíduo engole cerca de 2.000 vezes por dia, o que gera o contato dos dentes superiores e inferiores. Assim, situações como mordida instável, dentes perdidos, mau alinhamento dentário, apertamento e/ou rangido dos dentes (também conhecido como bruxismo), trauma na cabeça ou no pescoço e má postura podem causar problemas, pois os músculos têm de trabalhar mais para compensar essas falhas. Assim, os músculos podem entrar em fadiga e alterar toda a função do sistema mastigatório, causando dor e desconforto.
O que é o bruxismo?
Bruxismo é o apertamento ou rangido dos dentes, que pode ocorrer enquanto o indivíduo está acordado ou dormindo. É uma atividade danosa ao sistema mastigatório, pois pode gerar desgaste dos dentes ou dor muscular, entre outros problemas. Indivíduos com dentes desgastados, portanto, necessitam de uma avaliação para verificar se possuem quadro de bruxismo ativo e se há necessidade de tratamento. É importante ressaltar que alguns medicamentos podem induzir ou agravar essa situação.
O que eu posso fazer para tratar a DTM?
A maioria dos casos pode ser tratada pela promoção de repouso das articulações e dos músculos mastigatórios. Isso pode ser conseguido por meio de manobras odontológicas, como por exemplo, a confecção de placas oclusais, utilização de medicamentos e, fundamentalmente, pela aquisição de novos hábitos saudáveis. Em muitos casos, o paciente po­de apresentar melhora com manobras simples, como adoção de dieta com alimentos macios, exercícios físicos para os músculos da mastigação, educação das funções mastigatórias, compressas quentes e frias e controle do apertamento dentário. Em casos muito específicos, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.
A DTM é permanente?
Essa condição é episódica e pode ocorrer em fases de estresse ou após algum evento físico (como um trauma) ou emocional. É fundamental, entretanto, que o paciente procure por tratamento para que a dor não se torne crônica (de longa duração), o que torna o tratamento muito mais difícil.

O que é ATM?
ATM é a abreviatura de "Articulação TemporoMandibular". Essa articulação situa-se logo à frente do ouvido e é responsável pelos movimentos executados pela mandíbula.
Qual é a principal característica de um paciente que tem problemas de ATM?
O principal indicativo de uma alteração na ATM é o estalido (clique), normalmente acompanhado de dor que se manifesta na cabeça, face, pescoço, olhos e dentes. A ausência de dor não é sinal de normalidade. O estalido (clique), por si só, já traduz problemas nas ATMs.
Quais as principais causas dos problemas de ATMs?
Toda e qualquer doença necessita de mais de um fator para a sua ocorrência. O fator principal deve ser acompanhado dos fatores que contribuem, modificam ou perpetuam a doença. No caso da disfunção das ATMs, acredita-se que o fator principal seja a maloclusão (relacionamento inadequado entre os dentes da maxila e mandíbula), sendo o "stress", os hábitos parafuncionais e algumas doenças sistêmicas ou hormonais capazes de contribuir, modificar ou perpetuar o seu aparecimento. Contudo, sabe-se que a ordem dos fatores principais e secundários pode alterar-se, havendo diferentes pesos no julgamento de quem é o agente iniciador da disfunção.
Por que acontece o estalido (clique) nas ATMs?
Entre as faces articulares dos ossos que compõem as ATMs (osso temporal e côndilo da mandíbula), existe uma estrutura fibrocartilaginosa chamada disco articular, cujas principais funções são amortecer e amoldar as superfícies ósseas incongruentes da articulação, evitando traumas e desgastes prematuros.
Quando o disco articular se desloca de sua posição fisiológica, acontece o estalido (clique), notado nos movimentos mandibulares, tais como: falar, mastigar, cantar, bocejar etc.
Por que o problema de ATM pode causar dor de cabeça?
As dores de cabeça provenientes das disfunções de ATM, em geral, não são propriamente de cabeça: são dores nos músculos que envolvem a cabeça. Posições posturais viciosas, relacionamento dental inadequado, apertamento e/ou ranger de dentes, associados ao "stress", normalmente culminam em quadros crônicos de dores nos músculos da face, da cabeça e do pescoço.
Por que o problema de ATM pode causar dor de ouvido?
A proximidade entre a ATM e o ouvido pode ocasionalmente confundir o paciente sobre o local de origem da dor. Na realidade, a dor de ouvido é diferente da dor de ATM. Como diagnóstico diferencial, as disfunções das ATMs não manifestam febre, não eliminam secreção pelos ouvidos e não são acompanhadas por quadros infecciosos das vias aéreas superiores.
Existe relação entre dentes e ATM?
Sim. O "encaixe dental" (oclusão) é responsável pela posição do côndilo (cabeça da mandíbula) dentro da articulação. Ocluir os dentes mais para a frente, para trás ou para os lados traz conseqüências para as ATMs. O ideal é que a oclusão tenha um relacionamento adequado, para manter côndilo e disco articular harmônicos e bem posicionados entre si, a fim de que a articulação seja saudável.
Qual é o tratamento indicado?
Promover uma oclusão dentária que permita um bom relacionamento entre as estruturas da ATM e remover os fatores que possam estar associados ao problema.
Quais são as conseqüências do não-tratamento?
A disfunção temporomandibular é uma doença que, depois de instalada, é quase sempre progressiva. O que não se consegue determinar com exatidão é a sua velocidade de progressão e as suas conseqüências. Portanto, o ideal é o tratamento precoce, que certamente proporciona melhores soluções e resultados.
Orientações sugeridas por Celso Augusto M. Sanseverino - Especialista em Prótese Dentária

0 que é apicetomia?
É uma cirurgia que tem por finalidade a remoção da lesão que se forma no ápice (ponta da raiz do dente). Existem dois tipos básicos de cirurgia: uma que apenas remove a lesão através de curetagem e outra que, além disso, remove o ápice da raiz.
Por que ocorre essa lesão na ponta da raiz?
Nessa região da raiz, existe um orifício pelo qual passam vasos e nervos que vão nutrir a polpa dentária. Quando a polpa está infectada, a região do ápice também poderá estar infectada e aí se forma um processo inflamatório.
Como isso e resolvido?
Normalmente, apenas a remoção da polpa dentária e a desinfecção do canal (tratamento de canal) são suficientes para promover a cura.
Então, por que é necessário realizar a cirurgia?
Porque nem sempre só com o tratamento consegue-se a eliminação da lesão no ápice da raiz.
Essa lesão causa dor?
Nem sempre. Muitas vezes, ela é assintomática, de desenvolvimento gradual e lento, provocando destruição óssea da região. Na maioria das vezes, apenas com a radiografia essa lesão poderá ser percebida.
Não há outros recursos? Tomar antibióticos resolve?
A prescrição de antibióticos em determinadas circunstâncias é um bom auxiliar; porém, a intervenção cirúrgica é necessária para a cura completa. Através dela, removem-se tecidos contaminados que estão fora do alcance das medicações.
0 problema estará resolvido definitivamente com essa cirurgia?
Dificilmente ocorrerá recidiva do processo. Esse fato é mais freqüente quando apenas se faz a curetagern sem a remoção da ponta da raiz. Aconselha-se controle radiográfico periódico.
0 dente ficará menos resistente a forças mastigatórias?
Não. Ficará menos resistente, certamente, se a lesão progredisse em volta da raiz, por falta de tratamento.
Poderá ser realiza da em qualquer tipo de dente?
0 acesso é mais fácil nos dentes anteriores superiores. Dependendo da anatomia e das condições locais, é possível que essa cirurgia seja realizada em outros dentes.
É uma cirurgia complicada?
Não é uma cirurgia complicada, pois não existe grande manipulação dos tecidos.
0 que se sente nas horas seguintes à cirurgia?
Normalmente, o pós-operatório é indolor ou provoca um desconforto mínimo, o que se resolve com analgésicos.
Orientações sugeridas por Maria da Graça Naclério Homem - Professora Doutora da Disciplina de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e Responsável pelos Serviços de Estomatologia e Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Heliópolis - SUS-SP.
REVISTA DA APCD V. 51, Nº 3, MAI./JUN. 1997

Antibiótico causa cárie dentária?
Não. Apesar de freqüentemente pessoas relacionarem a presença de lesões de cárie com o consumo de antibióticos, principalmente durante a infância, os medicamentos antibacterianos não estão entre os fatores causadores da doença cárie dentária.
Por que é comum as pessoas relacionarem o uso de antibióticos com a cárie dentária?
Alguns pesquisadores afirmam que essa relação é percebida pela população devido ao efeito do antibiótico sobre os microorganismos. Para algumas pessoas, na medida em que os antibióticos destroem os microorganismos, eles também poderiam destruir os dentes. Outra possível explicação para tal relação pode ser devido à utilização em um passado recente do antibiótico tetraciclina em crianças, que levou a manchamentos nos dentes, os quais poderiam ser percebidos pela população como cárie.
A Tetracilina mancha os dentes?
O antibiótico tetraciclina, quando utilizado no período em que os dentes estão sendo formados (dentes de leite anteriores: da metade da gravidez até 4-6 meses de vida; dentes permanentes anteriores: até 7-8 anos de idade) pode induzir a formação de manchas de coloração amarelada ou marrom-acinzentada na estrutura dentária. É importante ressaltar que essas alterações só ocorrem se a tetraciclina for utilizada no período em que os dentes estiverem em processo de formação. Seu uso quando os dentes já estão formados ou mesmo presentes na boca não causa efeito algum ao dente.
Então, apenas a Tetracilina pode causar efeitos negativos no dente?
É importante refletirmos sobre três pontos:
1º Os antibióticos e demais medicamentos, como xaropes, prescritos para crianças, geralmente apresentam-se sob a forma de suspensões adocicadas, freqüentemente com sacarose, para serem aceitas mais facilmente pelo paciente infantil.
2º Além da presença do açúcar, muitos medicamentos também apresentam alta acidez, favorecendo a perda da porção mineral da estrutura dentária.
3º Pais de crianças enfermas geralmente são menos rigorosos com a higiene bucal de seus filhos.
Assim, uma criança que toma um medicamento adocicado e ácido, de 6 em 6 ou de oito em oito horas, inclusive de madrugada, e com a escovação negligenciada, certamente apresentará maior risco de ter problemas dentários; principalmente se essa condição se mantiver por um longo período de tempo. Sob estas circunstâncias, o uso de qualquer medicamento pode aumentar o risco de desenvolvimento da cárie.
Então, o que causa problema nos dentes não é o antibiótico, mas a forma como ele é administrado?
Isso mesmo. O que pode aumentar o risco de problemas dentários não é o princípio ativo do medicamento, e sim a forma como ele é administrado: solução adocicada e/ou ácida. Se o mesmo medicamento fosse administrado na forma de cápsulas, comprimidos ou injeções, haveria risco menor de prejuízo aos dentes.
Existe alguma maneira de diminuir a ação deletéria do medicamento utilizado na forma de suspensão para crianças?
Sim. Os possíveis danos dentários decorrentes do uso de medicamentos açucarados podem ser anulados facilmente com a adoção de um hábito simples: realizar a higiene bucal, com escova, pasta e fio dental após cada dose da medicação.
No caso de bebês, limpar os dentes com uma fralda de tecido ou gaze umedecida em água filtrada. No caso de medicamentos ácidos, o ideal seria que eles fossem dados à criança após uma higiene bucal bem feita, pois as bactérias que causam a cárie dentária e a inflamação gengival estão na placa bacteriana, que acumula ao redor dos dentes quando estes não são limpos.
• Luiz Evaristo Ricci Volpato
Doutorando em Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo, Professor da Faculdade de Odontologia de Cuiabá.
• Andrea Anzai
Doutoranda em Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo.
• Salete Moura Bonifácio da Silva
Professora Doutora da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo.
• Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado
Professora Associada da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo.

Os anestésicos locais sem vasoconstritor são mais seguros?
Não. Todos os sais anestésicos comercialmente disponíveis em tubetes são vasodilatadores nas concentrações e doses usuais na prática odontológica. Portanto, quando administrados isoladamente, os sais anestésicos aumentam o calibre dos vasos e, assim, a velocidade e a extensão de absorção da solução depositada no tecido, reduzindo sua duração de ação e elevando os níveis plasmáticos rapidamente, o que pode aumentar o risco de reações adversas. O curto tempo de anestesia, entre dez a 20 minutos de anestesia pulpar, usualmente é insuficiente para o clínico trabalhar e obriga-o a novas punções ao longo do procedimento, contribuindo ainda mais para aumentar a toxicidade sistêmica1.
Desta forma, normalmente os sais anestésicos são associados aos vasoconstritores e muito raramente são indicados na forma de solução sem a sua associação. A adição de vasoconstritores a uma solução anestésica traz várias vantagens clínicas, compensando a vasodilatação causada pelo sal, aumentando a duração e a qualidade da anestesia, diminuindo os níveis plasmáticos de anestésico e, conseqüentemente, a probabilidade de ocorrerem efeitos sistêmicos adversos e toxicidade. Os vasoconstritores também reduzem a concentração necessária para anestesia adequada e controlam a hemorragia durante procedimentos cirúrgicos. É válido ressaltar que existem dois grupos distintos de vasoconstritores (aminas simpatomiméticas e felipressina) e que os mesmos apresentam-se em diferentes concentrações; de forma geral quando corretamente escolhidos e em baixas concentrações são seguros para o uso em pacientes com doenças sistêmicas controladas, como hipertensos, diabéticos e cardiopatas, bem como para gestantes e crianças.
Como calcular a dose máxima segura de anestésico local por sessão?
Em função da toxicidade sistêmica existem também recomendações quanto à dose máxima a ser administrada ao paciente por sessão de atendimento. Da mesma forma que para o cálculo da dose efetiva e tóxica de medicamentos, a dose máxima de anestésicos também é calculada em função da resposta obtida na maioria da população estudada.
Assim, quando se relata a dose máxima de um sal anestésico, trata-se da dose segura para a maioria da população não sendo esperados efeitos colaterais nesta situação. Entretanto, um pequeno número de indivíduos pode responder de forma diferente (mais ou menos intensamente).
No Quadro 1 são descritas as doses máximas relatadas na literatura por diferentes autores. Recomenda-se sempre que as menores doses sejam preferidas, para maior segurança do paciente e tranqüilidade do profissional. Porém, cabe ao cirurgião-dentista a escolha baseada nas características do paciente como peso, idade e condição sistêmica. Doenças hepáticas e renais favorecem maior toxicidade, assim como a desnutrição e o alcoolismo devido à redução de proteínas plasmáticas.
Também deve ser ressaltada a possibilidade de combinação de diferentes sais anestésicos num mesmo procedimento o que, algumas vezes, é utilizado para resposta terapêutica mais adequada. Nestes casos, quando se associa um anestésico de menor latência (por exemplo, a lidocaína) a um de longa duração (bupivacaína), a dose máxima deve ser calculada em função da somatória dos tubetes, ou seja, a dose total de ambos os anestésicos locais não deve exceder a menor das doses máximas dos sais empregados3.
As doses máximas são recomendadas em função da toxicidade dos anestésicos sobre o sistema nervoso central (SNC) e em doses maiores sobre o sistema cardiovascular (SCV). Os sinais de superdosagem podem aparecer inicialmente como parestesia da região perioral (independente da técnica utilizada), tremor, fala “arrastada” (como se estivesse alcoolizado), podendo evoluir para a convulsão. Em seguida a essas reações de estimulação (que ocorrem por inibição dos neurônios reguladores), segue uma fase de depressão, podendo ocasionar depressão respiratória. O sistema cardiovascular (SCV) pode ser afetado com vasodilatação periférica e diminuição da excitabilidade elétrica do coração, da velocidade de condução e da força de contração, podendo resultar em parada cardíaca2.

O que é analgesia inalatória?
Também conhecida como sedação consciente, é um procedimento clínico no qual é utilizada a mistura de óxido nitroso e oxigênio, inalada previamente ao e durante o procedimento odontológico, por meio da qual o paciente apresenta diminuição da freqüência cardíaca e respiratória, proporcionando conforto e bem-estar durante o atendimento, frente ao quadro de estresse, ansiedade ou nervosismo.
A analgesia inalatória com óxido nitroso e oxigênio está indicada para quais casos?
O procedimento de analgesia inalatória está indicado para pacientes odontofóbicos, ansiosos, nervosos e doentes como diabéticos, hipertensos, ou cardiopatas controlados, etc. Vale ressaltar que, sempre que houver doenças sistêmicas, a avaliação da oportunidade de tratamento deve ser feita junto com o médico responsável.
Há contra-indicações de uso? Quais seriam?
Normalmente, em pacientes portadores de patologias do trato respiratório superior, como aumento das adenóides, desvio de septo nasal, pólipos nasais (“carne esponjosa”), patologias do seio maxilar (sinusite infecciosa), e do trato respiratório inferior (infecções pulmonares, doenças pulmonares obstrutivas crônicas – DPOC – e doenças do volume pulmonar, como enfisema e bronquite crônica), além de pacientes com histórico de acidente vascular cerebral (derrame). Em pacientes psiquiátricos, paranóicos, esquizofrênicos e psicóticos, o uso da máscara nasal pode ser dificultado.
Quais são os benefícios e as vantagens de utilização da técnica?
A analgesia é de fácil aplicação, provocando a redução da freqüência cardíaca e respiratória, proporcionando conforto e bem-estar, eliminando a ansiedade e o estresse causado durante o atendimento odontológico. A analgesia, porém, não deprime o miocárdio (músculo do coração) e a função hepática (fígado), não provoca irritações nas mucosas e não produz espasmos brônquicos.
E quais seriam as desvantagens?
Infelizmente a técnica ainda é pouco difundida no Brasil, sendo cara a aparelhagem necessária. O profissional precisa estar habilitado, capacitado e devidamente treinado à realização do procedimento clínico sob analgesia inalatória.
Há riscos na sua utilização?
Basicamente, não há riscos. Entretanto, pela possibilidade da interferência na síntese de DNA, o emprego em gestantes é contra-indicado. Atenção especial em pacientes anêmicos, leucêmicos e imunocomprometidos.
No atendimento, o paciente é monitorado?
Sim. Durante todo o procedimento de analgesia inalatória por óxido nitroso e oxigênio, o paciente deve ser monitorado por oximetria (taxa de oxigênio no sangue), eletrocardiograma (mede a atividade elétrica do coração) e pressão arterial.
Há reações adversas decorrentes de sua utilização?
Desde que seguido corretamente o protocolo de utilização, são raras as reações adversas. Pouquíssimos pacientes apresentam náuseas e, para evitar esse desconforto, é recomendado estar em jejum antes da aplicação.
Orientações sugeridas por Irineu Gregnanin Pedron - Mestrando da Disciplina de Clínica Integrada da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e JOÃO MIGUEL FALQUEIRO - Professor do Curso de Habilitação em Analgesia Inalatória do CECATE.

A amamentação tem sido incentivada por ser o leite materno não só o alimento mais completo e digestivo para crianças de até um ano de idade, como também por ter ação imunizante, protegendo-as de diversas doenças. Crianças aleitadas ao peito têm melhor desenvolvimento mental e maior equilíbrio emocional. A amamentação é gratificante para a mãe e interfere beneficamente na saúde da mulher, por exemplo, diminuindo a probabilidade de câncer de mama, ajudando na involução do útero e na depressão pós-parto. Hoje, diz-se que o leite materno é ecologicamente correto, pois não consome recursos naturais em sua produção e não gera lixo, como ocorre com os leites artificiais, além de ser mais barato.
Porém, poucos sabem que a amamentação tem reflexos futuros na fala, respiração e dentição da criança.
Um exercício muito importante
Quando a criança é amamentada, está não só sendo alimentada, como também fazendo um exercício físico dieta importante para desenvolver sua ossatura e musculatura bucal. Ao nascer, o bebê tem o maxilar inferior muito pequeno, que irá alcançar equilíbrio no tamanho em relação ao maxilar superior tendo seu crescimento estimulado pela sucção do peito.
Toda a musculatura bucal é desenvolvida, músculos externos e internos, que, solicitados, desenvolvem os ossos.
Mamar no peito não é fácil, daí o bebê ficar bastante transpirado. Esse exercício é o responsável inicial no crescimento harmonioso da face e dentição. Usando mamadeira, esse exercício é quase inexistente, e a preferência do nenê pela mamadeira vem da facilidade com a qual ele ganha o leite, principalmente quando este flui por um furo generoso no bico. Para exercitar-se com maior eficiência, a posição durante a mamada é importante: a criança deverá ficar o mais verticalizada, o que também facilita a deglutição do leite.
Uma atitude na tentativa de evitar apinhamento dental (dentes "encavalados')
Maxilares melhor desenvolvidos propiciarão um melhor alinhamento da dentição, diminuindo a necessidade futura do uso de aparelhos ortodônticos. Músculos firmes ajudarão na fala. Durante a amamentação, aprende-se respirar corretamente pelo nariz, evitando amigdalites, pneumonias, entre outras doenças. Quando a criança respira pela boca, os dentes ressecados ficam mais expostos à cárie e as gengivas ficam inflamadas, os maxilares tendem a sofrer deformações e os dentes, a ficar "encavalados", aumentando também o processo de cárie.
A amamentação prepara o bebê para a mastigação
A mamadeira costuma tomar-se uma companheira para a criança ao longo de anos, habituando-a a uma dieta mole e adocicada, que aumenta o risco de cáries (cárie de mamadeira); a criança tende a recusar alimentos que requeiram mastigação. Depois da amamentação, a mastigação correta continuará a tarefa de exercitar ossos e músculos.
A amamentação prepara a criança para a mastigação. Muitas mães reclamam que seus filhos, já crescidos, não mastigam corretamente e recusam verduras e frutas, apreciando apenas doces e iogurtes.
Esquecem-se essas mães de que o que os habituou a essa foi o uso prolongado da mamadeira. Mastigação incorreta pode levar também a problemas de obesidade e de estômago.
Evitando hábitos prejudiciais
Atrelada à mamadeira, vem a chupeta, que também é usada normalmente por muito tempo, e o hábito de chupar o dedo, afetando o posicionamento dos dentes e trazendo também conseqüências danosas à fala e à respiração.
Abandonando a mamadeira
A partir dos quatro meses, quando a mãe lentamente começar a introduzir outros alimentos (desmame), deverá fazê-lo usando apenas copos e colheres, evitando o uso de mamadeira ou "chuquinha".
Prevenindo a cárie
A primeira consulta odontológica de uma criança deveria ser antes do nascimento de seu primeiro dentinho; nesse primeiro encontro, o odontopediatra orientaria a respeito da higienização, dieta e com proceder quando os dentes começarem a irromper e a incomodar o bebê. Entre outras coisas, aconselharia os pais a acosturnarem-se a levar seus bebês ao dentista, assim como os levam ao pediatra, no sentido de se poder acompanhar de perto o desenvolvimento destes na tentativa da erradicação da doença cárie.
Orientações sugeridas por Ana Maria Lancia Sousa - Odontopediatra e Orientadora de Gestantes na Prefeitura de Atibaia..
REVISTA DA APCD V. 51, Nº 4, JUL./AGO. 1997

Existe risco de o paciente se infectar com o vírus da AIDS durante o tratamento odontológico?
Não, desde que os instrumentais que tenham sido utilizados em pacientes com AIDS tenham sido esterilizados corretamente.
Esse tipo de esterilização é um processo complicado?
Não, pois as estufas de calor seco, que todos nós possuímos, são capazes de promover facilmente a destruição do vírus HIV.
0 vírus HIV é mais difícil de ser destruído que microorganismos causadores de outras doenças?
Não. Felizmente ele é facilmente inativado. O treponema pallidum, causador da sífilis, e o HBV, causador da hepatite B, são bem mais resistentes.
Quais os cuidados que o cirurgião-dentista deve tomar para evitar o contágio?
Além da esterilização dos instrumentos, usar e eliminar, após cada paciente, o máximo possível de materiais descartáveis, como agulha, tubetes anestésicos, luvas, pontas de sugador de saliva etc.
E as brocas, como devem ser esterilizadas?
Elas devem ser lavadas e desinfectadas em soluções químicas de glutaraldeído ou, preferencialmente, esterilizadas em estufa de calor seco.
0 dentista deve usar um par de luvas novas a cada paciente?
Sim, pois a luva é considerada um material descartável e, portanto, deve ser eliminada após cada atendimento.
Através do exame bucal, o dentista pode suspeitar que o paciente tem AIDS?
Sim, pois existem várias doenças na boca que ocorrem preferencialmente em pacientes HIV positivos.
0 dentista pode recusar a atender um paciente soropositivo para HIV?
Legalmente, o dentista pode recusar-se a atender qualquer paciente. Porém, eticamente, ele tem a obrigação de atender o paciente com AIDS em situações emergenciais e de encaminhá-lo a um profissional capacitado, caso julgue necessário.
0 paciente HIV positivo deve informar ao dentista a sua condição?
Sim, pois sendo este um paciente imunodeprimido, alguns cuidados especiais devem ser
tomados com esse paciente, como por exemplo cobertura antibiótica após exodontias.
0 dentista pode solicitar o exame anti-HIV?
Sim, desde que o paciente concorde e tenha o conhecimento dessa solicitação.
Quem corre mais riscos de contaminação no consultório dentário: o dentista ou o paciente?
Embora o risco de contaminação seja mínimo, o dentista, por estar em contato com os fluidos que podem conter vírus, como o sangue e a saliva, está mais sujeito à contaminação.
Orientações sugeridas por Marina H. C. G. de Magalhães - Professora Assistente Doutora de Patologia Bucal e Ney Soares de Araújo - Professor Titular de Patologia Bucal - que são responsáveis pelo CAPE (Centro de Atendimento a Pacientes Especiais).

A placa bacteriana é um dos fatores etiológicos importantes na ocorrência da cárie e doença periodontal, sendo seu controle fundamental para a manutenção da saúde bucal. Placa é uma massa bacteriana mole e branca que se deposita continuamente em camadas na superfície do dente e se apresenta aderida. A remoção dessa placa pode ser feita através da limpeza mecânica dos dentes. Esse procedimento pode ser realizado adequada e satisfatoriamente pelo paciente, desde que esteja em condições normais de saúde geral. Cabe ao cirugião-dentista orientá-lo quanto a técnica de escovação mais indicada, escova, creme dental, fio dental e, se necessário, quanto ao uso de agentes químicos para bochecho especificamente prescritos para cada caso. Qual a função dos agentes químicos? São substâncias químicas que atuam nas bactérias presentes na cavidade bucal, sendo utilizadas para auxiliar no controle e na redução da formação da placa bacteriana. Vale ressaltar que o método mais difundido de remoção de placa é o mecânico, realizado através da escovação associada ao uso do fio dental. Esses agentes complementam, auxiliam a escovação. Não existe agente químico capaz de remover a placa e nem de substituir a escovação. Quais são os agentes mais usados para o bochecho e como agem? Clorexidina - É um agente de efetiva e comprovada atividade antimicrobiana e eficiente no controle de placa devido às suas propriedades de retenção e de liberação lenta na boca. Pode desencadear manchamento nos dentes (que pode ser removido com profilaxia profissional) e perda temporária do paladar. Exemplos: Periogard, Duplac, Plackout. Cloreto de cetilpiridínio - É considerado um anti-séptico e desinfetante de efeito moderado devido ao curto período de retenção na cavidade bucal. Quando usado em maior freqüência, pode apresentar como efeitos colaterais ulcerações e sensação de queimação da língua. Exemplos: Cepacol, Oral B, Kolynos. Triclosan - É um agente antibacteriano de amplo uso e, em acréscimo, tem efeito antiinflamatório. Isoladamente, tem efeito antiplaca moderado e, por isso, as formulações ativas apresentam associação com gantrez ou zinco. O gantrez potencializa o efeito do triclosan por aumentar sua retenção na cavidade bucal, e o zinco, por sinergismo de efeito antibacteriano. Tem como vantagem o fato de ser utilizado com sucesso no tratamento de ulcerações, não apresentar mudança ou perda do paladar e nem o manchamento dos dentes, o que pode ocorrer com o uso da clorexidina. Exemplo: Plax. Quando utilizar esses agentes químicos? A utilização de um agente químico para bochecho durante o tratamento, seja ele de gengiva, pré ou pós-cirúrgico, de manutenção das condições de saúde bucal, deve ser adotada a partir da prescrição feita por um profissional. O paciente receberá orientações quanto à forma e ao tempo de uso, que estão relacionados à finalidade de sua indicação e às características de cada paciente. Por exemplo, no caso de pacientes com necessidades especiais, os quais normalmente têm dificuldade para realizar a escovação; pacientes com problemas de saúde sistêmicos que predispõem à ocorrência de doenças periodontais; pacientes com dificuldades de higienização pelo uso de aparelho ortodôntico e uma série de outros casos que requerem a indicação de um agente químico. O paciente deve retornar periodicamente ao cirurgião-dentista para uma reavaliação das condições de saúde bucal e para o reforço das orientações de autocuidado e auto-exame, importantes para a manutenção da saúde e prevenção de doenças, que podem ir desde um processo inicial de cárie ou sangramento gengival até uma lesão inicial de câncer bucal, daí a sua importância.

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O adoçante substitui o açúcar?
O adoçante é considerado um substituto do açúcar em relação ao paladar, no entanto, é preciso esclarecer que, enquanto o açúcar é calórico, os adoçantes podem ou não conter calorias. Os adoçantes evitam a cárie dental? O açúcar ou sacarose é o alimento principal das bactérias que provocam cárie. Os adoçantes não são aproveitados por elas da mesma forma; logo, quando há oferta de adoçantes substituindo a sacarose, o número de bactérias diminui. No entanto, é muito importante lembrar que vários fatores atuam em conjunto para provocar a cárie; assim, a prevenção não pode ser direcionada para um único fator. Além disso, a substituição da sacarose por outros tipos de carboidratos mais complexos (menos utilizados pelas bactérias), seria a escolha mais saudável. Os adoçantes têm contra-indicação para a saúde geral? Desde que os adoçantes sejam ingeridos dentro da quantidade recomendada (muitos produtos dietéticos possuem em seu rótulo a dose máxima diária), não há problema. Deve-se tomar cuidado com os adoçantes constituídos de álcool poliídrico (sorbitol, xilitol, maltitol), que não devem ultrapassar a dose de 50 g/dia sob risco de provocarem diarréia. Outro fato a ser lembrado é que o aspartame, por ter fenilalanina, é contra-indicado para pacientes fenilcetonúricos (que não conseguem metabolizar a fenilalanina), sendo este distúrbio muito raro na população (1:16.000). As crianças podem ingerir adoçantes? Sim, as crianças podem ingerir adoçantes, mas normalmente recomenda-se apenas para aquelas que realmente têm indicação para o seu uso, como as diabéticas e, em algumas situações, as obesas (indicação médica). No entanto, em relação às crianças com risco aumentado para a cárie dental, o ideal é manter um controle na ingestão de sacarose, tanto na freqüência quanto na quantidade, e reforçar os outros meios preventivos. O açúcar em forma de sacarose faz falta para crianças? O açúcar é um alimento considerado uma fonte importante de carboidrato de absorção rápida. Atualmente, têm-se dado maior ênfase à utilização de carboidratos complexos em detrimento dos simples (de absorção rápida), não apenas devido ao aumento da prevalência de obesidade infantil, mas também como uma forma de prevenção de cárie. Portanto, desde que os carboidratos sejam consumidos na quantidade recomendada (55-60% do valor calórico total da dieta), não há necessidade de se consumir especificamente o açúcar, podendo ser ingerido outro tipo de alimento que seja fonte desse nutriente, principalmente os não-processados, como os integrais. O uso indiscriminado de refrigerantes diet (com adoçante) faz mal à saúde? Como ocorre com qualquer alimento, o uso indiscriminado dos adoçantes não é indicado, devendo, portanto, haver moderação. Alguns adoçantes sintéticos como aspartame, sacarina, acesulfame-K e sucralose são aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) e, portanto, têm uma regulamentação maior para às doses máximas recomendadas. Os estevosídeos (stévia), apesar de muito utilizados na América do Sul, não são aprovados pelo FDA e, portanto, não têm uma regulamentação específica quanto a doses máximas permitidas. O ciclamato de sódio foi proibido pelo FDA, mas novos estudos comprovaram que a dose tóxica é muito alta, e, por isso, cogita-se a sua reaprovação. Os refrigerantes diet utilizam, em geral, uma mistura de aspartame, sacarina e ciclamato de sódio. A chance de se chegar à dose máxima desses componentes é, praticamente, teórica. Levando-se em conta que os estudos ora aprovam, ora condenam os diversos adoçantes, e tendo em vista que os órgãos controladores seguem os estudos para aprovarem ou não o uso, o mais sensato é utilizar pouco. E em relação aos chicletes “sugar-free”? São melhores que os que possuem açúcar, mas deve ser observada a quantidade recomendada. Além disso, o fato de não terem açúcar e estimularem a salivação faz com que ajudem na proteção contra a cárie. Isso vale principalmente para o chiclete com xilitol, pois esse adoçante tem uma ação antibacteriana. As gestantes podem consumir produtos com adoçantes? Sim, desde que tenham orientação para a ingestão de uma dieta equilibrada e não utilizem esses produtos em excesso. O aspartame poderia trazer problema no caso de a criança ser fenilcetonúrica, mas esse distúrbio, como dissemos, é muito raro. A sucralose (splenda) é liberada pela FDA para gestantes, pois ela não é absorvida no intestino.

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